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O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

Ainda…Carlos Cohen

A cara do primeiro figurinista português

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Cabelo armado, frisado, ligeiramente comprido; bigodes longos e recurvados numa posição pouco natural, barbicha sobre o queixo, longa e aparada. Porte elegante, “vestindo sempre com máxima distinção”. Assim era Carlos Cohen, o primeiro figurinista português, o mais requisitado alfayate costumier de Lisboa, o homem que, “a par de um raro gosto harmónico nas cores e de uma justeza de linhas inteiramente artística”, introduziu na sua arte a “ciência dos estilos históricos e das épocas, que antes dele quase se desconhecia em guarda-roupas de teatro português”.
aqui falei de Carlos Cohen, do rigor, fruto de muito estudo, que imprimiu à profissão de costumier, transformando-a para sempre em Portugal.
Mas, só agora conheci a sua cara, que partilho aqui.
Custa imaginá-lo arruinado e andrajoso, como acabaria por morrer, por nunca mais recuperar do incêndio que lhe destruiu o vasto e riquíssimo guarda-roupa, o atelier e todo o edifício de quatro pisos entre as ruas dos Correeiros e da Betesga.
Foi em 1886. No terrível sinistro pereceram cinco pessoas. Carlos Cohen não tombou, mas ficaria ferido de morte.
Aqui, pode conhecer toda a história deste artista, ainda hoje com obras em destaque nos museus do Traje e do Teatro.

 

Fontes
Carteira do Artista, de Sousa Bastos
https://archive.org/stream/carteiradoartist00sousuoft/carteiradoartist00sousuoft_djvu.txt

 

O sal da história

1 ano.JPG

 

Um ano e 85 posts depois, cá estou… com o mesmo entusiasmo do 1º dia, curiosidade igual à do momento original; vontade ainda mais forte do que no início. Agradeço a todos os que têm lido e também as questões que colocaram, as pistas que forneceram, os comentários que deixaram, aqui e no Facebook.
Aprendi imenso neste ano, não só sobre os temas que aqui já revelei, mas sobre outros com que, indiretamente, me cruzei nestas minhas pesquisas. Só por isso, já foi fantástico.
Um ano é algo insignificante na vida de um blog. É preciso continuar, tendo sempre em mente que aqui não se fala de História – deixemos isso para quem sabe – mas tenta-se, de forma descontraída e o mais documentada possível, contar histórias/estórias dessa História…sempre com uma pitada de sal, claro.
Obrigada!
C.V.