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O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

Instantâneos (90): máquinas de “fazer políticos”

maquina de votar.JPG

 

Esta caixa de madeira com aspeto estranho era apresentada como a última novidade do mundo moderno. Estávamos em maio de 1910 e máquina de votar, como foi denominada, não passou de uma curiosidade. Em Portugal, aliás, embora o direito ao voto seja hoje totalmente diferente do que era então, por contraste, o ato de depositar em urna a opção política de cada um, parece quase tão primitivo como o era então: tudo se resume a um simples pedaço de papel onde se assinala a escolha feita em consciência.

Nessa primavera, o sr Tavares de Mello* fez uma apresentação nas instalações da Associação da Imprensa, desenvolvendo “experiências curiosas” com este aparelho, que havia sido inventado por um engenheiro italiano.

Em meio dia, tinha capacidade para “atender” dez mil eleitores, que podiam votar, acionando “favorável”, “desfavorável” ou “indeciso” à frente de cada um dos quatro candidatos que a máquina suportava. O ato fazia avançar a contagem, que permanecia oculta durante a votação. No final, bastaria destapar os quadros e verificar os resultados.

O equipamento destinava-se a permitir ao cidadão cumprir o seu dever comodamente, facilitando a contabilização e prevenindo as fraudes eleitorais, mas o jornalista perguntava-se, com lucidez, se esse objetivo final seria alcançado, ou se se encontrariam nova formas de “fazer chapeladas”.

urna guardada em 1908.jpg

Certo é que, no nosso País, a ideia não “pegou”. Felizmente, embora algumas décadas depois, “pegaram” outras ideias também então inovadoras e extravagantes, como o voto livre, democrático e universal, só conseguido entre nós após 1974.

Quando esta maquineta foi dada a conhecer em Lisboa, viviamos ainda em monarquia, portanto, com um chefe de Estado não eleito. O voto estava reservado aos homens que tivessem rendimentos ou desempenhassem funções que os habilitassem a tal.

Como se vê, em menos de um século, viajámos “anos-luz” no que toca à liberdade de escolher quem nos governa.

No entanto, o denominado voto eletrónico – usado em vários países e motivo de acesas polémicas em outros – é um tema com pouca adesão por cá. Fizeram-se apenas quatro experiências – 1997, 2001, 2004 e 2005 – todas elas não vinculativas e apenas num número limitado de freguesias pré-determinadas.

eleicoes camara de lisboa.jpg

Pode ser confortável, rápido, seguro e fidedigno, mas, como é bom de ver, não é essencial.

Afinal, basta mesmo um pedaço de papel e, sobretudo, vontade de não deitar a perder esta liberdade que nos custou tanto a ganhar.

 

 

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*Presumo que o jornal se referisse a Eduardo Tavares de Mello, formado em Direito, mas grande entusiasta da mecânica e importador para o nosso País do primeiro automóvel sobre pneus, em 1897. Tratava-se de um Pegeot.

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Fontes

Hemeroteca Digital de Lisboa

Hemeroteca Digital (cm-lisboa.pt)

Illustração Portugueza

Nº221 – 16 mai 1910

 

A capacidade eleitoral no direito português, de 1820 a 1974, de Alexandre de Sousa Pinheiro. Disponível em: https://www.cne.pt/sites/default/files/dl/trabalho_capacidade_eleitoral.pdf

Voto electrónico | Comissão Nacional de Eleições (cne.pt)

Urna eletrônica – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

 

Imagens

IIllustração Portugueza

 

Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa

Urna eleitoral guardada por militares armados – 1908

Joshua Benoliel

PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/JBN/002742

 

Urna no átrio dos Paços do Concelho de Lisboa – eleições autárquicas em 1979

PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/UNP/000192

 

Instantâneos (89): o dia em que o vulcão desapareceu

Krakatoa_eruption_lithograph 1883.jpg

 

krakatoa antes. JPG

Desapareceu! A 27 de agosto de 1883, a ilha de Krakatoa, na Indonésia, esfumou-se, enquanto se ouvia o maior estrondo que o ouvido humano já captou, fruto de uma das mais brutais erupções vulcânicas de sempre. No lugar da anterior chaminé, ficou apenas um colossal buraco.

Pouco antes, todos pensavam que o Krakatoa estava extinto, mas os acontecimentos mostraram da pior maneira que estava bem vivo.

krakatoa durante. JPG

 

Nessa segunda-feira de má memória, uma monstruosa explosão deixou um lago escaldante onde antes se encontrava aquela ilha do estreito de Sunda, na Indonésia.

 

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O choque térmico, os vapores e o impacto da lava convergiram num tsunami que matou 40 mil pessoas, em vários continentes.

Ouvida a 5 mil quilómetros de distância, tamanha reverberação provocou assombro e até surdez.

A cinza em suspensão viajou muitos quilómetros. Os destroços e os corpos foram sendo encontrados, a conta-gotas, durante largos meses.

krakatoa evolucao. JPG

 

Em praticamente todo o mundo, registaram-se impactos no clima, que se prolongaram por cinco anos, com alterações de temperatura e tempestades inesperadas.

Durante algum tempo, gerou-se um inverno vulcânico e a paisagem transformou-se, pintando os céus com estranhos – belos – e assustadores cambiantes, hesitantes entre o escarlate, o violeta e o cinza-chumbo. À falta de fotografias a cores, alguns artistas encarregaram-se de imortalizar na tela ou no papel esse estranho panorama.

Dir-se-ia que horizonte ardia ou sangrava.

Após tão aparatosa “atuação”, o lago gerado com a explosão foi lentamente transformado em berço de fauna e flora únicas. Durante quatro décadas reinou o silêncio.

Até que o “filho” do vulcão original começou a emergir do mar, a uma assustadora candência de cinco metros por ano. Em 2018 e 2020, mostrou que ainda vivia, explodindo novamente.

De cada vez que acorda, os efeitos são devastadores, expelindo a lava acumulada no seu gigantesco depósito subterrâneo com 50 quilómetros de profundidade.

Quando voltará a fazer-se ouvir?

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Pode aqui ouvir o som do Krakatoa

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Fontes

Krakatoa, o inferno de Java: a erupção há 137 anos que foi sentida no planeta inteiro - BBC News Brasil

A ERUPÇÃO DO ANAK KRAKATOA | ESPAÇO HOJE TV EP2181 - YouTube

27 de agosto de 1883: A erupção de Krakatoa - YouTube

Krakatoa Eruption Real Sound (1883) - YouTube

(329) Pinterest

 

Instantâneos (88): a cara do mal

 

colera morbus pomenor.JPG

Feroz, implacável, pronta a ceifar vidas, independentemente da idade ou condição. O mal com corpo de mulher e a crueldade no rosto. Foi assim que, em 1856, Vítor Bastos retratou a epidemia que então já trazia 23 anos de mortes por toda a Europa, tendo, em Lisboa, deixado um pavoroso rasto após cinco tenebrosas vagas.

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O escultor imaginou esta morte a esvoaçar sobre os infelizes, arrastando uma jovem e lutando contra o tempo, aqui retratado como um velho que também sobrevoa o caos que se passa na terra.

Aí, à direita, vemos um conjunto de figuras femininas - uma delas com o filho inerte nos braços - a quem o conforto proporcionado pela fé – em pé – permite uma digna resignação ao infortúnio iminente.

 

colera morbus pomenor esquerda e centro.JPG

 

Um caos de gente e animais em fuga, desenrola-se à esquerda. Ao centro, uma cidade, sob a qual jazem alguns corpos.

Para lá da triste e bela perfeição das formas, o curioso neste baixo-relevo é ser um caso raro de arte inspirada por aquela doença que tanta mortandade deixou entre nós.

Enquanto, por toda a Europa, se sucedem os exemplos na pintura, desenho, escultura e até cartoons com um certo humor negro, neste pequeno retângulo português, não são conhecidos – ou pelo menos não são notáveis – outras peças de arte com a cólera mórbus como protagonista.

Foi considerada a obra mais significativa do romantismo português, esta iniciativa de Vítor Bastos apresentada na exposição da Academia de Belas Artes desse mesmo ano.

A ideia foi inicialmente delineada numa gravura, cujo traço foi transposto para gesso patinado (na imagem) e, em 1861, esculpido em mármore. O rei D. Luís gostou tanto desta última versão que a adquiriu para o Palácio da Ajuda, passando, em 1949, a pertencer ao acervo do Palácio da Pena, em Sintra.

A cólera mórbus terá vindo da Índia a bordo de navios, penetrando fácil e velozmente nas cidades portuárias, grassando entre a população que habitava em espaços exíguos, pouco ventilados, sem esgotos ou água potável. Lisboa foi uma presa fácil, com mais de sete mil mortos só na primeira vaga.

A epidemia que viveu entre nós até 1856 esteve, aliás, na origem dos dois grandes cemitérios que hoje ainda conhecemos – Alto de São João e dos Prazeres, iniciados em 1833.

 

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Já Vítor Bastos, considerado um inovador, nomeadamente do ensino da escultura no nosso País, ficou conhecido como por outras obras igualmente marcantes, mas felizmente menos lúgubres, antes evocativas de períodos áureos da nossa história, como o monumento a Camões, que tem na base algumas das mais importantes figuras portuguesas da ciência relacionadas com os Descobrimentos. Regressa aos nomes maiores da portugalidade no arco da rua Augusta, onde são suas as estátuas de Vasco da Gama, Viriato, Marquês de Pombal e D. Nuno Álvares Pereira, bem como as alegorias dos rios Tejo e Douro.

 

É sua a face desta morte temida no século XIX.

Como será retratada para a história a moléstia que, em plena década de 20 do século XXI, nos provoca hoje igual medo?

 

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A versão em gesso patinado, que vemos na imagem, foi adquirida pelo legado Valmor em 1906 – 1907 e integrada no Museu Nacional de Arte Contemporânea em 1914.

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Fontes

MNAC: Vítor Bastos (museuartecontemporanea.gov.pt)

Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Texto de Catarina Duarte

 

MNAC: Cólera Morbus (museuartecontemporanea.gov.pt)

Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Texto de Maria Aires Silveira

 

Portugal sob o signo das pandemias — História e Artes | Ciclo de conferências 15 de março de 2021 "A Cholera morbus e a escultura de Victor Bastos" Miguel Figueira de Faria (UAL). Disponível aqui: "A Cholera morbus e a escultura de Victor Bastos." — Miguel Figueira de Faria (UAL) - YouTube

 

http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=1011908

 

https://www.parlamento.pt/VisitaParlamento/Paginas/BiogVitorBastos.aspx

 

Vítor Bastos, autor do Monumento a Camões, numa rua de Campolide | Toponímia de Lisboa (wordpress.com)

 

Hemeroteca Digital de Lisboa

Hemeroteca Digital (cm-lisboa.pt)

Revista Occidente

17º ano; XVII volume; nº 559 - 1 jul 1894

 

A ponte do Conde-Barão

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A ponte sobre a ribeira de Sítimos, na zona da Foz, bem próximo de Alcácer do Sal, terá sido a primeira travessia a promover aqui as ligações ao interior do Alentejo. Foi o Conde-Barão e Marquês de Alvito que a mandou construir... e o principal beneficiado com a dita.

 

As diversas pontes são uma imagem de marca de Alcácer, mas durante muitos séculos a passagem entre margens fazia-se apenas de barco. Em 2022, completam-se 180 anos sobre aquele que terá sido o primeiro acesso sobre as águas ao serviço das populações da então vila, facilitando as ligações ao interior do Alentejo.

Foi em 1842 - cerca de quatro décadas antes da primeira ponte sobre o Sado - que o Conde-Barão e Marquês de Alvito mandou construir uma travessia na zona da Foz, sobre a ribeira de Sítimos.

ponte da foz alcacer do sal (2).JPG

 

O Estado estava depauperado e era comum os particulares candidatarem-se à construção de obras públicas, financiando-as e cobrando depois os devidos direitos de utilização pelos cidadãos. Foi com este tipo de negócio que se ergueu esta importante estrutura, que ligava as estradas para Évora e Beja, permitia o acesso ao Torrão e às herdades próximas, como Barrosinha, pertencente à família do próprio Conde-Barão.

 

No Diário do Governo de 6 de novembro de 1841, em nome da rainha D. Maria II e num texto assinado pelo secretário de Estado dos Negócios do Reino, Joaquim António de Aguiar, apresentam-se todos os detalhes a que deveria obedecer a construção e as condições em que a concessão da mesma é atribuída ao Conde-Barão e Marquês de Alvito - D. José António Plácido Lobo da Silveira Quaresma, também conde de Oriola.

Sabia-se que naquela zona, bem próxima de Alcácer do Sal, era “bastante impetuosa a força da corrente” da ribeira de Sítimos, engrossada “com o peso das águas do monte”.

ponta de foz 3 alcacer do sal (2).JPG

 

Daí que se descrevessem com muito pormenor as características e profundidade a que deveriam ficar as estacas de madeira que suportariam a passagem. Firmes e fortes, “bem cravados no lodo”, mas colocando “poucos entraves” à ribeira. Explica-se igualmente as condições a que deveria obedecer o tabuleiro, com a largura de “20 palmos” – cerca de 4,40 metros.

A estrutura deveria ser instalada exatamente no lugar da barca que iria substituir, usando até as rampas do cais em ambas as margens. Teria, ao centro, dois meios alçapões levadiços, que facilitassem a muito frequente e necessária circulação de embarcações.

O prazo de construção era de um ano e a exploração pertenceria ao Conde-Barão e Marquês de Alvito durante um quarto de século. Como grande proprietário alentejano, este já era um dos principais beneficiados com a obra, cabendo-lhe ainda, neste período, cobrar portagem a quem a pretendesse usar.

carros de bois.JPG

 

Cada carro de bois ou carreta pagaria 70 reis pela travessia; cem se fosse uma carruagem de quatro rodas e 80 se tivesse apenas duas. Para cada transeunte, a portagem era de dez reis, o mesmo para cada cabeça de gado miúdo – “tanto lanígero como de cabelo”, o que subiria para o dobro em caso de serem cavalgaduras, bois ou vacas a passar.

Findo o prazo da concessão, a ponte revertia para o Estado, devendo, por essa altura, ser entregue em bom estado e totalmente funcional.

No local, havia um guarda “portageiro” que também erguia os alçapões para deixar passar os barcos. Como tal função era talvez demasiadamente penosa para um homem só, o Conde-Barão apresentou um requerimento para que as tripulações ajudassem na manobra de levantar e descer os troços móveis do tabuleiro.

palacio alvito no largpo conde barao.jpg

 

É claro que a travessia que hoje ali conhecemos (nas imagens) já não é a mesma. Foi reparada e reconstruída diversas vezes nestes últimos 180 anos, mas a obra inicial devemos ao já mencionado D. José António Plácido Lobo da Silveira Quaresma, detentor do título de Conde-Barão, que até aos dias de hoje dá nome a um largo na zona de Santos, em Lisboa, onde se situa o arruinado palácio (nesta imagem) desta família com altos e antigos pergaminhos.

O mesmo título foi igualmente escolhido para batizar uns conhecidos armazéns ali fundados em 1946 e que, embora chegassem a ter vários estabelecimentos em Lisboa e arredores, também não sobreviveram à passagem do tempo.

 

À margem

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O “construtor” da ponte sobre a ribeira de Sítimos era avô do último titular desta que foi uma das mais importantes casas nobres do País, criada em 1475. A vida do derradeiro conde-barão foi, a partir de certa altura, bem diferente do fausto e abundância dos seus antepassados. José Lobo da Silveira Quaresma, nascido em 1826, herdou uma vasta fortuna constituída sobretudo por imóveis, desde palácios em Lisboa, a extensas herdades no Alentejo, que foi alienando ao longo do tempo, mercê das necessidades de liquidez de que padecia. Morreu em 1917 no castelo de Alvito, mandado erigir por um seu antepassado, por ordem de D. Afonso V e em cuja construção os moradores daquela vila e arredores foram obrigados a participar.

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O castelo, que ficou concluído já no reinado de D. Manuel I (1495-1521) e permaneceu quase quatro séculos em posse daquele clã, por essa altura já tinha outro dono: a casa de Bragança, pois havia sido vendida ao rei D. Carlos, de cuja corte D. José Lobo da Silveira Quaresma fez parte, como camarista, mas que não chegaria a tomar posse do imóvel, porque morreu ainda antes do promitente vendedor.

Mas isso é outra história…

 

Fontes

Diário do Governo nº270 - 6 nov. 1841. Disponível aqui:

DIGIGOV (cepese.pt)

 

Arquivo Histórico do Ministério Público – Procuradoria-Geral da República – Registos de consultas e pareceres dos Magistrados

PT/AHPGR/PGR/04/002/126

www.ministeriopublico.pt

 

Revista Serões, nº 38 – ago. 1908

Disponível na Hemeroteca Digital de Lisboa

Hemeroteca Digital (cm-lisboa.pt)

 

O Marquês Barão de Alvito – Apontamentos sobre a última geração de titulares encartados , de Alexandra Forjaz; Tecto de nuvens – 2020. Parcialmente Disponível aqui: Microsoft Word - O Barão_miolo_cores (cld.pt)

 

Texto de António Brás em Moda&Moda:

BARÃO DE ALVITO I Ascenção e q... | modaemoda

 

DGPC | Pesquisa Geral (patrimoniocultural.gov.pt)

 

Portal de Genealogia | Geneall.net

 

Restos de Colecção: Armazéns do Conde Barão (restosdecoleccao.blogspot.com)

 

Imagens

Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa

Joshua Benoliel

PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/JBN/000323

Eduardo Portugal - reprodução da gravura original in Henry L'Evêque, Costume of Portugal, 1814.

PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/EDP/002295

X-arqWeb (cm-lisboa.pt)

Portal de Genealogia | Geneall.net

 

Revista Serões, nº 38 – ago. 1908

Disponível na Hemeroteca Digital de Lisboa

Hemeroteca Digital (cm-lisboa.pt)

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