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O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

O sal da história

Crónicas da história. Aventuras, curiosidades, insólitos, ligações improváveis... Heróis, vilões, vítimas e cidadãos comuns, aqui transformados em protagonistas de outros tempos.

Instantâneos (103): uma varina real ou uma real varina?

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Mascaras brilhantes e sumptuosas não bastavam. A rainha queria brincar ao Carnaval! Almejava circular entre os subditos e passar incógnita por uns escassos momentos que fosse…afinal tinha apenas 17 anos e no seu novo Pais tudo era ainda muito novo aos seus olhos.

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Não sabemos se conseguiu divertir-se como pretendia, ao organizar o mais grandioso baile de máscaras que a corte portuguesa havia visto e que ficaria na memória de todos os privilegiados que tiveram a honra de participar.

Dançou-se até às três da manhã e nem mesmo os mais sisudos escaparam de encarnar uma figura que não a sua, já que o disfarce era obrigatório.

Para a soberana, mais uma vez, só isso era pouco.

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Trocou de traje várias vezes e tentou confundir os convidados, quer ataviando-se como as suas damas de companhia, com faustosos vestidos de outros tempos, quer trajando como uma simples varina.

D. Luís também usou pelo menos três máscaras, mas todo o interesse e curiosidade estavam concentrados na sua jovem mulher vinda de Itália três anos antes e grávida do seu segundo filho.

O baile começou pelas 10 horas e o bufete decorreu na sala contígua à do trono, no Palácio da Ajuda. Rei e rainha desdobraram-se em danças, rodopiando pelo espaço, compondo diversos pares com os presentes.

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Entre estes, as indumentárias mais vulgares eram os dominós venezianos e as roupas de caça.

Muitos dos convidados optaram por se apresentar vestidos com inspiração numa qualquer figura histórica ou literária, nas vestes tradicionais de algum país ou numa profissão específica.

Mas, houve alguns rasgos de originalidades, como aquela dama que vinha de mesa de bilhar, integrando todos os utensílios da modalidade.

Naquela madrugada de fevereiro de 1865, só à um da manhã os soberanos retiraram as mascarilhas que lhes tapavam parte do rosto, impondo igual revelação a todos os outros, o que contribuiu para esclarecer alguns mistérios que ainda podiam persistir.

Os únicos mascarados cuja identidade não foi revelada eram três enormes bebés, que, entretanto, já tinham desaparecido. Quem seriam?

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A rainha de Portugal que quis passar incógnita era D. Maria Pia de Saboia, filha de Vítor Emanuel II, o homem que unificou a Itália, mulher do nosso rei D. Luis e mãe de D. Afonso e D. Carlos, que foi rei de Portugal.

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Fontes

Biblioteca Nacional de Portugal

www.purl.pt

Revolução de Setembro, 17.02.1865

https://plataformacidadaniamonarquica.wordpress.com/2017/02/25/baile-de-mascaras-do-carnaval-de-1865/

https://www.modaemoda.pt/copia-sar-d-maria-pia-e-o-carnaval

http://realfamiliaportuguesa.blogspot.com/2013/03/dona-maria-pia-uma-rainha-vestida-de.html

 

 

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