Pela imprensa (13): quando o Swing era só uma dança...e um perfume
Um par rodopiando ao som de um animado jazz. Swing, não apregoa aromas amadeirados ou florais, frescos ou doces; não especifica se é para homem ou mulher...Swing não promete nada – o que é raro em publicidade – apenas se afirma moderno, o que quer que isso significasse nos idos anos de 40 do século passado.
Inspirado na denominada “era do Swing”, uma importação do Estados Unidos da América, este perfume da portuguesíssima Nally dá a entender que é para quem se sabe divertir, dançando pela noite fora.
Curioso é Swing apostar na sua modernidade, quando sabemos que a sua data de lançamento (1940) já corresponde ao declínio da época dourada deste tipo de música, conotada com o jazz "negro".
Tão contagiante era, que colocou os americanos a dançar, mas só tardiamente terá chegado a estas paragens.
Será que uma gota de Swing atrás da orelha tem o mesmo efeito irresistível de atrair o parceiro certo para dançar? Este senhor, por exemplo, não parece o par perfeito, com um ar afetado e rígido...será que a parceira vai conseguir que se descontraia?
Talvez seja esse o dom de Swing, fazer gingar até o mais hirto dos homens!
O fabricante deste perfume dançarino tem um nome estrangeirado, mas não podia ser mais lusitano.
A Nally nasceu em 1925, em Lisboa, e tem vindo sempre a crescer, até se instalar no Carregado, há quase uma década. Produz para terceiros e com marca própria, na área da perfumaria e cosmética.
Ao longo da sua história lançou diversos produtos icónicos, com rótulos e embalagens muito procurados no "mercado da saudade", mas também pela sua tradição de qualidade.
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Fontes
http://www.nally.pt/
https://www.perfumeintelligence.co.uk/library/perfume/n/n4/n4p1.htm
https://www.perfumebottles.org/virtual-museum/20/commercial/1274/swing